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O Choro de um Moço


Na Parashá Shemot (Sefer Shemot), encontram-se descritos os fatos em torno do nascimento de Moshe Rabenu, durante a vigência do decreto do faraó pelo qual todos meninos nascidos deveriam ser atirados ao Nilo.


Yochebed, mãe de Moshe, protegeu-o durante três luas (meses), até que, não tendo mais como escondê-lo, preparou uma arca de junco, colocou nela o menino e a pôs no rio. Em seguida, a filha do faraó, Batyah, desceu para lavar-se no rio, avistou a arca e estendeu seu braço para pegá-la. Foi quando ela viu um menino e “vehineh-na’ar bocheh – eis que era um moço chorando” (Shemot II – 6). Ela apiedou-se dele e, sabendo que era um menino dos hebreus, acolheu-o como seu próprio filho.


Com relação a este choro, o Ba’al HaTurim (Rabbi Yaakob ben Asher, 1270-1340) comenta que não era Moshe quem estava chorando, mas sim seu irmão, Aharon, o qual estava acompanhando de perto a arca na beira do rio. O termo “na’ar” refere-se à voz de um garoto e não de um bebê, e disso ele conclui que Aharon estava assistindo o destino de Moshe e estava chorando por acreditar que seu irmão seria levado à morte. A explicação então seria que Batyah teria ouvido outra pessoa (não o bebê) chorando e, consequentemente, concluiu que deveria tratar-se de um garoto Judeu, já que a característica de compadecer-se com a desventura dos outros faz parte da natureza judaica. O Ba’al HaTurim acrescenta ainda que a frase “na’ar bocheh” equivale numericamente (guematria) a “Zeh Aharon HaCohen” (“Este é Aharon HaCohen”).


(Baseado no “Daily Halacha”, de Rabbi Eli Mansour)

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